Ponto de vista - 02 jan. 2012
Para iniciar um novo ano e renovar as esperanças, trazemos o artigo de Chico Alencar intitulado "O novo em nós", publicado na página 20 d'O DIA de hoje. Desejamos um 2012 de conquistas e superações aos nossos leitores. Os grifos são nossos:
"Calendário é engenhosa invenção para contar o tempo. Sua serventia maior é nos estimular a fazer o balanço do já vivido e estabelecer metas para o que virá.
O tempo da História não é igual ao nosso. Essa ‘senhora’ elegante e distante, não nos dá muita bola. É velha mestra de alunos desatentos, quando não ‘matadores’ de suas aulas! Mas se nem sempre podemos mudar esse mundo tão desigual, que ao menos consigamos nos transformar, no plano pessoal.
Aprendo com pessoas iluminadas, que encontrei na estrada da vida, a caminhar com calma bovina e leveza de passarinho. É necessário ter determinação de onça na ‘caça’ dos nossos ideais, mas combiná-la com a gratuidade do riacho em que ela vai beber água. Só assim não seremos contaminados pela doença do século, a ansiedade.
Ser flor do campo, que se basta com sol e chuva, e não inveja os outros elementos. Viver em harmonia: saber-se pedra, árvore, húmus, nada ter a perder. Fraternizar-se com os que têm patas e asas, pulsar com tudo o que pulsa, enquanto o ‘tambor do peito, amigo cordial’ mantiver o ritmo.
Como a ave do caminho, cuidar de ser saudável: espírito e matéria na comunhão que a sociedade compartimentada nega. Malha-se o corpo para a vaidade, não para a saúde, e ‘engorda-se’ a alma com antidepressivos.
Chamar de volta o trapezista dos circos da nossa infância: com equilíbrio, nada em nós exagerar ou excluir. Fazer do necessário o suficiente e viver mais simplesmente, para que simplesmente todos possam viver. Resistir ao consumismo que nos consome.
Pés no chão, firmes e suaves, descalços de preconceitos e maledicências, buscar o que nenhuma tecnologia ultramoderna da comunicação oferece: conectar-se ao todo-poderoso Amor!"
O tempo da História não é igual ao nosso. Essa ‘senhora’ elegante e distante, não nos dá muita bola. É velha mestra de alunos desatentos, quando não ‘matadores’ de suas aulas! Mas se nem sempre podemos mudar esse mundo tão desigual, que ao menos consigamos nos transformar, no plano pessoal.
Aprendo com pessoas iluminadas, que encontrei na estrada da vida, a caminhar com calma bovina e leveza de passarinho. É necessário ter determinação de onça na ‘caça’ dos nossos ideais, mas combiná-la com a gratuidade do riacho em que ela vai beber água. Só assim não seremos contaminados pela doença do século, a ansiedade.
Ser flor do campo, que se basta com sol e chuva, e não inveja os outros elementos. Viver em harmonia: saber-se pedra, árvore, húmus, nada ter a perder. Fraternizar-se com os que têm patas e asas, pulsar com tudo o que pulsa, enquanto o ‘tambor do peito, amigo cordial’ mantiver o ritmo.
Como a ave do caminho, cuidar de ser saudável: espírito e matéria na comunhão que a sociedade compartimentada nega. Malha-se o corpo para a vaidade, não para a saúde, e ‘engorda-se’ a alma com antidepressivos.
Chamar de volta o trapezista dos circos da nossa infância: com equilíbrio, nada em nós exagerar ou excluir. Fazer do necessário o suficiente e viver mais simplesmente, para que simplesmente todos possam viver. Resistir ao consumismo que nos consome.
Pés no chão, firmes e suaves, descalços de preconceitos e maledicências, buscar o que nenhuma tecnologia ultramoderna da comunicação oferece: conectar-se ao todo-poderoso Amor!"
* Chico Alencar é professor e deputado federal pelo PSOL
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