Ponto de vista - 13 jun. 2012
Visitar a Biblioteca Nacional, no Centro do Rio de Janeiro, é sempre um ótimo programa. Mariana Moreira em matéria intitulada "Outros olhares sobre a paisagem do Rio", publicada hoje na página 2 do Segundo Caderno d'O GLOBO, dá destaque à exposição “Rio Cidade Paisagem”. Você não pode perder!
Os grifos são nossos:
As 150 obras que compõem a exposição foram selecionadas pelos curadores Ana Luiza Nobre, historiadora e arquiteta; Joaquim Marçal Ferreira de Andrade, pesquisador da Divisão de Iconografia da BN: e Sérgio Besserman Vianna, economista e presidente do Grupo de Trabalho da Prefeitura para a Rio+20. Não por acaso, o primeiro dia da exposição coincide com o início da Conferência das Nações Unidas pelo Desenvolvimento. A função de Besserman na curadoria é harmonizar a temática da exposição com o período de debates sobre sustentabilidade e preservação do meio ambiente que envolve a cidade no momento.
— O Rio expressa o desafio do desenvolvimento sustentável. É encontro de mar com montanha, pobreza com riqueza, aqui todos se encontram. A exposição mostra as principais intervenções urbanas, o que elas tiveram de bom e de ruim. E, ao expor isso, mostramos que a responsabilidade que é de todos. Temos que criar um Rio+Sempre — afirma Besserman, que tem boas expectativas para o evento.
A ideia da exposição, como explica Ana Luiza, é desconstruir o olhar viciado na beleza do Rio e expandir o conceito de paisagem para além das lagoas e praias, como jornais de bairros do início do século XX.
A obra mais antiga que o visitante encontrará é um desenho da Baía de Guanabara feito pelo aventureiro alemão Hans Staden em 1557, reproduzido no livro “Duas viagens ao Brasil”. O desenho é considerado uns dos primeiros registros da Baía.
Além do rico material cartográfico, há as imagens de Augusto Malta (1864-1957) e Marc Ferrez (1843-1923), que fotografaram a cidade no início do século XX. Esses trabalhos se juntam ao dos fotógrafos Bernardo San Martin e Raul Lima.
— Abrimos a exposição com uma panorâmica de Raul Lima, feita nos anos 1960. E é uma imagem histórica porque foi feita com uma câmera comprada pelo pai dele, Epaminondas Lima, de Augusto Malta — destaca Joaquim Marçal."
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