Lendo ontem minha agenda de 1993-1994, lembrei-me de minha calculadora científica. Está anotado na agenda que comprei a calculadora no dia 29 de abril de 1994.
Engraçado, eu tinha mania de anotar o preço das coisas que eu comprava e o correspondente valor em dólares. Isso para no futuro saber o valor correspondente; já que naquela época ainda víamos o fantasma da inflação bem maior do que hoje. De volta para o futuro era um dos meus filmes preferidos (até hoje); e essa era uma forma de me comunicar com o meu eu do futuro (do presente, no caso).
Pois bem, a minha Sharp EL-531G custou 39.550,00 cruzeiros reais; o equivalente a R$ 77,25 nos dias atuais.
Nunca aprendi a usar todos os recursos de minha calculadora científica, que eu comprei especialmente para fazer cálculos de exponenciação e trigonometria (seno, cosseno e tangente). Eu me sentia o próprio cientista por usar tal calculadora. Ela me diferenciava dos mortais (ha-ha-ha) que só faziam cálculos usando as quatro operações básicas (adição, subtração, multiplicação e divisão) e muito raramente porcentagem, em calculadoras Made in Taiwan. Eu nem sonhava em ter computador, usar internet ou outras tecnologias mais avançadas.
Bem... lá estava a minha calculadora científica, guardada no fundo de uma gaveta. Nem sei quantos anos ela estava hibernando. Usei-a nos três anos do meu Ensino Médio e um pouco mais além, não sei. Quando as baterias se esgotaram, ela foi para a gaveta.
Então, eu que já vou ficando velho e saudosista, fiz uma homenagem a minha velha científica: Levei-a hoje numa loja especializada e pedi para que colocassem baterias novas; aposentei a minha calculadora Made in China comprada no camelô, e disse que de hoje em diante só farei as contas da casa com a minha velha calculadora científica fabricada pela Sharp, na... China. China? Como assim?
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