sábado, 31 de maio de 2008

Contra o cigarro

Deu no G1 dia 27 mai. 2008, às 11h18min:

Governo lança novas imagens para embalagens de cigarro

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram, nesta terça-feira (27), novas imagens que deverão ser usadas em embalagens de cigarros. O evento faz parte das comemorações do Dia Mundial sem Tabaco buscar, que acontece no sábado (31). Segundo o Governo federal, as fotos e mensagens foram selecionadas com base em um estudo sobre o grau de aversão que a campanha pode alcançar.

A pesquisa, feita entre 2006 e 2008, mediu a reação de 212 jovens entre 18 e 24 anos, fumantes e não fumantes, de três faixas de escolaridade (ensino fundamental, médio e superior). As novas imagens foram consideradas mais aversivas, na comparação com as anteriores, aumentando o potencial de gerar uma atitude de afastamento do produto.

Veja a matéria completa clicando aqui.

Eis as imagens:






sábado, 24 de maio de 2008

Perdemos um Político

Faleceu ontem o senador Jefferson Péres. Não pretendo canonizá-lo, mas era um dos raríssimos políticos do cenário atual que procurava se pautar pela ética e coerência. Político com "P" maiúsculo.

Vale, por isso, a homenagem aqui neste blog. Publico assim, com grifo nosso, excerto de seu último pronunciamento no Senado :

"Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o correspondente no Rio de Janeiro do jornal The New York Times publicou uma matéria, ontem ou anteontem, com o título: “Amazônia, de quem é afinal?”

O texto insinua, levanta mais uma vez a tese da soberania relativa do Brasil sobre a região, que poderia no futuro ficar sob jurisdição internacional.

Normalmente eu não dou importância a essas manifestações, Sr. Presidente. Acho que muitos brasileiros sofrem de complexo de inferioridade e dão muita importância ao que é publicado nos jornais da Europa e dos Estados Unidos, uma atitude de quem ainda olha quase que com veneração os países mais desenvolvidos.

Pergunto-me se um membro do congresso americano subiria à tribuna para comentar matéria publicada em jornais do Brasil, seja O Globo seja a Folha de S.Paulo. Creio que não. [...]

Por isso, creio que, longe de reagirmos enraivecidos ou mostrando medo de uma possível internacionalização da Amazônia, devemos replicar com bom humor, no mesmo tom, [...].

[...] A um francês se diria: “Paris é uma cidade importante demais para ficar apenas sob soberania francesa; uma cidade que, pela sua beleza, pelo seu patrimônio histórico e arquitetônico, deveria estar também sob jurisdição internacional.”

Assim poderíamos responder a todos, de qualquer país, nesse tom de deboche, [...] porque não se pode levar a sério a tese da internacionalização da Amazônia. Primeiro: por quem seria feita a internacionalização? Pela ONU? A Carta da ONU não dá poderes a essa organização para retirar território de nenhum país. Isso não encontra amparo jurídico. A ONU não pode fazer isso [...]. [...]"

Veja o texto completo aqui.


quinta-feira, 22 de maio de 2008

Fluminense vivo na Libertadores

São quase 02:00 da manhã, e eu estou aqui aceso depois da vitória do meu Fluminense sobre o São Paulo; o que valeu a classificação para as semifinais da Copa Libertadores da América.

As cadelas vieram para próximo de mim quando estouraram os fogos de artifício que comemoraram o segundo gol. Mas eu gritei tão alto comemorando o terceiro gol, que elas se assustaram e correram no sentido contrário. Preferiram encarar o estampido dos fogos.
Ahh. E ainda acordei minha digníssima esposa.

Engraçado foi ver os depoimentos de outros tricolores cariocas no fórum de um site de relacionamentos. Mais de seiscentos comentário em uma hora.

A pergunta era: Qual foi a sua reação depois do terceiro gol? Veja o que os torcedores responderam:

- Saí bicando [chutando] as portas, máquina de lavar roupa, o cachorro, etc.

- Acordei minha esposa, meu filho e minha filha. É demais pro meu coração.

- Coitada da minha mãe. Ela estava dormindo quando soltei aquele grito de gol.

- Gritei muito! E ainda por cima acordei minha filha e esposa. Tomei o maior esculacho.

- Eu gritei muito; e abracei o meu cunhado flamenguista que ficou agourando o jogo todo. Acordei meu sobrinho recém-nascido, que começou a chorar.

- Gritei, e depois comecei a rir igual a criança. Minha mulher acordou no susto. Me deu pena dela; mas foi bem-feito: ela é flamenguista!

Como vocês veem, muita gente foi acordada nessa noite.

Uma torcedora chamada Gabriella disse o seguinte:

- Eu quase tive um orgasmo.

Um deles cometeu um ato que beirou à insanidade:

- Corri de cueca na rua.

Um outro quase perdeu os sentidos:

- Eu nem sei o que eu fiz. Só sei que gritei até minha garganta arder. Pensei que eu ia ter um enfarte... Juro.

A torcedora Laura foi vingativa:

- Xinguei todos os flamenguistas que estavam colocando vodu, e comecei a gritar!!


E uma outra, diante do gol já nos últimos minutos, lançou uma pergunta:

- Quero ver quem vai dizer que o Sobrenatural de Almeida não existe?

E uma outra moça sentenciou:

- Por isso a patrocinadora do Flu é a UNIMED. Porque tem que ter coração [saudável]!

É verdade, companheira. Se fosse o Galvão Bueno o narrador da partida, com certeza ele diria o famoso bordão: Haja coração, amigo!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Pão de açúcar desvalorizado

Deu, há pouco, no Telegraph, da Inglaterra:

Numa reportagem sobre o crescimento do interesse por pinturas de navios, a Maritime Art, o jornal inglês na internet disse que uma pintura da reconhecida paisagem do morro do Pão de Açúcar tem uma baixa estimativa de preço devido ao atual estado da economia do Brasil - ao contrário de países como China e Índia.

Essa é boa... A especulação econômica afeta agora até o valor de nossas paisagens e belezas naturais.

Veja a reportagem no original, em inglês.

sábado, 17 de maio de 2008

Zélia imortal

Faleceu há pouco, aos 91 anos de idade, a escritora Zélia Gattai - viúva do também escritor Jorge Amado.

Seu primeiro livro, Anarquistas, graças a Deus, foi lançado em 1979, e já vendeu mais de 250 mil exemplares no Brasil; e foi traduzido para idiomas como o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o russo.

Ela era "imortal" desde 2001, quando foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 23, que anteriormente foi ocupada por Jorge Amado; e que teve Machado de Assis como primeiro ocupante e José de Alencar como patrono.


Até hoje não li nenhuma de suas obras, o que não me livrou do encantamento com sua simpatia e sabedoria depois de assisti-la numa entrevista concedida ao Jô Soares ou a Leda Nagle - já não me lembro.

Soube de seu falecimento às 16:55, quando o canal Record News deu a notícia e mostrou um vídeo editado em sua homenagem, dez minutos depois do óbito ser divulgado para a imprensa.

Sua última obra foi Um Baiano Romântico e Sensual, publicada em 2002.

Veja mais detalhes no portal G1, clicando aqui.

Brasil mais poluído

"A queda da Ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, anunciada ontem, 13 de maio de 2008, com seu pedido de demissão em caráter irrevogável, deixa o Governo Lula completamente despido de sua roupagem ambiental, ainda que fosse uma pequena folha de araçá. Com a autoexoneração de um dos maiores ícones da luta ambiental no país e no mundo, termina a longa agonia que simbolizou a gestão de Marina à frente do Ministério, na resistência contra toda uma política insustentável de crescimento econômico, em detrimento da preservação de nossos recursos naturais, que já foram fartos e estão em acelerado esgotamento.
[...]
Em última análise, Marina saiu porque, de transversal e integrada, como ela lutava para que fosse a política ambiental do governo, mais uma vez o meio ambiente foi enxergado - ao lado das questões indígenas e quilombolas - como um entrave ao desenvolvimento. "Melhor perder o pescoço do que perder o juízo", já dizia a Ministra ao falar sobre um dos inúmeros enfrentamentos do qual participou no governo. Ainda que tarde, mostra a seringueira do Acre, alfabetizada aos 14 anos, que sua trajetória não pode mais ser enxovalhada por um governo rendido aos interesses do grande capital e sem compromisso profundo com a salvação do planeta doente.
[...] Marina afinal percebeu que não tinha mais ambiente num governo politicamente transgênico, que privilegia um crescimento econômico insustentável. Insustentável seria também sua permanência, sem transposição de suas convicções. Para uma política séria de meio ambiente, não havia meio termo. Polui-se um pouco mais o Brasil, desmata-se um pouco mais o solo, já tão calcinado, da vida pública brasileira".

Essas são palavras do deputado federal Chico Alencar, em pronunciamento na Câmara, no dia 14 de maio. E por concordar, eu publico aqui... mas com grifo nosso.


* * * * *

Frei Betto, na Folha de S. Paulo, também foi categórico (o grifo também é nosso):


"Caíste de pé! (...) Na Esplanada dos Ministérios, como ministra do Meio Ambiente, tu eras a Amazônia cabocla, indígena, mulher. Muitas vezes, ao ouvir tua voz clamar no deserto, me perguntei até quando agüentarias.

Não te merece um governo que se cerca de latifundiários e cúmplices do massacre de ianomâmis. Não te merecem aqueles que miram impassíveis os densos rolos de fumaça volatilizando a nossa floresta para abrir espaço ao gado, à soja, à cana, ao corte irresponsável de madeiras nobres.

Por que foste excluída do Plano Amazônia Sustentável? A quem beneficiará esse plano, aos ribeirinhos, aos povos indígenas, aos caiçaras, aos seringueiros ou às mineradoras, às hidrelétricas, às madeireiras e às empresas do agronegócio?".

Veja o artigo completo no Blog do Noblat.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Livros para ler antes de morrer

Soube agora a pouco pelo blog do Jason Kottke - que está listado entre os 60 primeiros do Bloglines da existência de uma lista dos 1001 Livros [de ficção) Para Ler Antes de Morrer, de um livro de mesmo nome, extraída, por sua vez, de um outro blog.

Eis o que já li:

# A Casa dos Espíritos – Isabel Allende
# O Nome da Rosa – Umberto Eco
# Lolita – Vladimir Nabokov
# A Revolução dos Bichos – George Orwell
# O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry
# O Cão dos Baskervilles – Sir Arthur Conan Doyle
# As Aventuras de Sherlock Holmes – Sir Arthur Conan Doyle
# A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Júlio Verne
# Viagem ao Centro da Terra – Júlio Verne

Confesso que fiquei decepcionado por não ter chegado a completar uma dezena.

De Jorge Amado e Paulo Coelho, eu até li algumas obras; mas não as citadas na lista.


Todavia, muito me orgulho de ter me aprofundado e lido várias outras obras de Conan Doyle e Júlio Verne.

Comecei a lê-los ainda na adolescência, e até hoje fico contente quando encontro (e compro) algo deles que porventura não tenha lido.


sábado, 10 de maio de 2008

Ministério das Desculpas Esfarrapadas

Ricardo Noblat publicou hoje no seu blog:

"Cada fato novo a respeito do dossiê sobre gastos palacianos do então presidente Fernando Henrique Cardoso impõe ao governo Lula um constrangimento. É obrigado a descartar a explicação anterior e adotar uma outra, para dar conta dos detalhes que teimam em desviar-se da versão oficial".

Mais um aloprado, 10 mai. 2008, às 15h24m , grifo nosso.


Há um ano ele mesmo havia lembrado que "em meio ao primeiro governo Lula que o compositor Chico Buarque sugeriu a criação do Ministério Vai Dar Merda. A missão do seu ocupante seria a de avisar Lula com antecedência sobre qualquer coisa que pudesse dar errada".

E que não fale depois em traição..., 4 abr. 2007, às 15h27m, grifo nosso.


Pelo jeito, o que parece mesmo estar em pleno funcionamento é uma espécie de Ministério, Ministério Extraordinário ou Secretaria, sei lá, das Desculpas Esfarrapadas.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O que é "grifo nosso"

Muita gente chega no antigo blog (grifonosso.zip.net), direcionada pelos sites de busca, pesquisando sobre o que significa "grifo nosso".

Já que o termo em questão é o título desse blog, resolvi matar a curiosidade dessa turma.

Trata-se de um recurso usado para destacar determinadas palavras (em negrito, por exemplo) quando se cita um texto alheio.

Eu posso, por exemplo, transcrever um artigo completo de um autor qualquer, mas querer dar maior ênfase a uma frase. Então eu destaco tal frase colocando-a em negrito e depois escrevo a ressalva "grifo nosso" para dizer que eu que destaquei a frase, e não o autor dela. E mesmo eu sendo uma só pessoa devo dizer que o grifo é "nosso" (no plural), consagrando o plural majestático.

Veja, abaixo, uma explicação mais técnica que eu colhi no site da Revista de Ciências Humanas:


Quando opta-se por transcrever deve-se manter a máxima fidelidade ao texto
original. Quando for necessário fazer alguma pequena alteração, ela deve ser
indicada, utilizando-se as convenções abaixo sugeridas:

- supressões: [...]
- interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
- ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico, etc. - A ABNT coloca que para
enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta alteração com a
expressão grifo nosso entre parênteses, após a realização da citação.

Exemplos de destaque no texto transcrito

Exemplo: [...] para que não tenha lugar a produção de degenerados, quer
physicos quer moraes [...] (SOUTO, 1916, p.46, grifo nosso).


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GRÁTIS


PROMOÇÃO do GRIFO NOSSO em parceria com a editora Martin Claret:


[Concorra até 27 de abril de 2012, às 17:59]


Para concorrer a um exemplar de "Recordações do escrivão Isaías Caminha", siga as regras abaixo:

1 - Seguir publicamente Blog GRIFO NOSSO no "Google Friend Conect" na barra lateral deste blog (basta ter uma conta no Google, Yahoo, etc.);

2 - Deixar um comentário sobre a resenha do livro AQUI (clique);

3 - Seguir no Twitter o @GrifoNosso e a @EdMartinClaret;

4 - Tuitar quantas vezes quiser a seguinte frase:
Eu quero ler "Recordações do escrivão Isaías Caminha" que o blog @GrifoNosso vai sortear em parceria com a @EdMartinClaret. http://kingo.to/13Lo

- O sorteio será realizado às 18:00 (horário de Brasília) do dia 27/04/2012, utilizando o Sorteie.me. Assim que o resultado for divulgado no Twitter do @GrifoNosso, o (a) sorteado (a) terá 48 horas para enviar seus dados como nome e endereço com CEP (no território nacional brasileiro) para o e-mail do blog ou então realizaremos um novo sorteio.

- Quem não seguir corretamente as regras será desclassificado.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Deputados caras-de-pau

Vergonha nacional! Deputados querem auxílio-funeral bancado com o nosso dinheiro.

Veja trechos a reportagem publicado no portal de notícias G1, agora a pouco (é claro, com grifo nosso):


Um projeto que prevê auxílio-funeral de R$ 16,5 mil para deputados federais está pronto para ser levado ao plenário da Câmara, informou nesta terça-feira (6) a secretaria-geral da Mesa.

O Projeto de Resolução da Câmara (PRC) 124/2008, apresentado no dia 1º de abril deste ano pela Mesa Diretora, prevê que a Casa seja responsável no caso de deputados em exercício por custear a realização da cerimônia fúnebre, transporte funerário, compra do caixão e outros serviços relacionados.

Se presidente da Câmara determinar, benefício pode valer também para ex-deputados.

Há ainda a possibilidade de que a família opte por arcar com as despesas e receba o auxílio-funeral referente ao subsídio mensal, atualmente fixado em R$ 16,5 mil.

De acordo com o texto do projeto, a verba para o custeio do auxílio-funeral será retirada do orçamento da Câmara. O ato entra em vigor no prazo de 120 dias da publicação.

A assessoria de imprensa da presidência informou que ainda não há data determinada para o PRC ir a plenário.


G1, 06 mai. 2008, às 10h11.


Veja matéria completa, clicando aqui.


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Atualização em 08/05/2008:

O humorista José Simão mandou ver em sua coluna Monkey News do portal UOL (o grifo é nosso):


"... outro assunto que está deixando todo mundo indignado, que é essa lei que dá direito aos deputados de auxílio-funeral. Aí o Simão foi fazer o Datapadaria. E a pergunta era: 'Você concorda com o auxílio-funeral?'

As opções são: Sim, contato que leve o suplente junto! Não, a gente já carregou a vida inteira, agora tem que carregar? Sim, pode enterrar vivo? Se puder eu pago.

E já imaginou o que vai ter de deputado morrendo quatro vezes pra pedir auxílio-funeral? Rarará! E tem uma funerária em Recife chamada 'Um a menos'!"