Ponto de vista - 22 set. 2011
Destaco uma nota da coluna "Eco Verde", de Agostinho Vieira, sob o título "Vá de bicicleta: custa menos e é mais rápido", publicada na página 32 d'O GLOBO de hoje. O grifo é nosso:
"É razoável supor que andar de bicicleta é mais barato. Não é preciso gastar dinheiro com combustível nem pagar passagem. Mas será uma vantagem tão grande assim? Pesquisa feita por Marcelo Daniel Coelho, do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, mostrou que andar de carro custa seis vezes mais caro. Já o ônibus consome o triplo dos recursos. E o melhor: indo de bicicleta economiza-se até 40% do tempo.
O estudo, realizado no Rio e em Porto Alegre, demorou dois meses. Nesse período, duas pessoas percorreram, todos os dias, cerca de 7 km para ir ao trabalho e 7 km para voltar até suas casas. Alternando os meios de transporte, entre ônibus, carro e bicicleta. No Rio, para um percurso de mais ou menos 15 km, o tempo gasto foi de 50 minutos indo de bicicleta: uma hora, de carro: e setenta minutos, de ônibus.
No cálculo dos custos foi usada a mesma fórmula aplicada pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Foram contabilizadas as despesas com a aquisição de acessórios, depreciação, manutenção, impostos e custos sociais, que são gastos públicos com acidentes, por exemplo. O trabalho concluiu que, além de mais rápida, a bicicleta consome cerca de R$0,12 por quilômetro rodado, enquanto o ônibus gasta R$0,32 e o automóvel, R$0,76.
No Dia Mundial Sem Carro, comemorado hoje, que tal levar em consideração esses números antes de ligar o carro ou fazer sinal para o ônibus? A bicicleta é um meio barato, democrático, limpo e muito saudável. Basta pedalar 30 minutos para manter a forma. O Rio tem mais de 150 km de ciclovias que, na maioria das vezes, são usadas apenas como forma de lazer. Falta uma política de integração com trens e metrô. Falta regulamentação e incentivo. Estima-se que, hoje, as bicicletas correspondam a somente 3% do transporte urbano. Temos muito que crescer."
O estudo, realizado no Rio e em Porto Alegre, demorou dois meses. Nesse período, duas pessoas percorreram, todos os dias, cerca de 7 km para ir ao trabalho e 7 km para voltar até suas casas. Alternando os meios de transporte, entre ônibus, carro e bicicleta. No Rio, para um percurso de mais ou menos 15 km, o tempo gasto foi de 50 minutos indo de bicicleta: uma hora, de carro: e setenta minutos, de ônibus.
No cálculo dos custos foi usada a mesma fórmula aplicada pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Foram contabilizadas as despesas com a aquisição de acessórios, depreciação, manutenção, impostos e custos sociais, que são gastos públicos com acidentes, por exemplo. O trabalho concluiu que, além de mais rápida, a bicicleta consome cerca de R$0,12 por quilômetro rodado, enquanto o ônibus gasta R$0,32 e o automóvel, R$0,76.
No Dia Mundial Sem Carro, comemorado hoje, que tal levar em consideração esses números antes de ligar o carro ou fazer sinal para o ônibus? A bicicleta é um meio barato, democrático, limpo e muito saudável. Basta pedalar 30 minutos para manter a forma. O Rio tem mais de 150 km de ciclovias que, na maioria das vezes, são usadas apenas como forma de lazer. Falta uma política de integração com trens e metrô. Falta regulamentação e incentivo. Estima-se que, hoje, as bicicletas correspondam a somente 3% do transporte urbano. Temos muito que crescer."
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Nilópolis (RJ) é um município pequeno (9km² habitados) e por isso mesmo, convenhamos, fácil de administrar; contudo não existe aqui uma política de incentivo à bicicleta como meio de transporte urbano.
Classificada como cidade dormitório, a maioria de seus moradores trabalha na capital do estado; sendo que aqueles que moram nos bairros ainda precisam tomar um ônibus municipal para chegar ao Centro, e só então embarcar na condução que a levará ao trabalho. Acontece que, como constatamos na matéria acima, o quilômetro rodado de ônibus custa R$ 0,32 - segundo estudo da Coppe-UFRJ; mas num ônibus da linha "Soares Neiva", por exemplo, o passageiro desembolsa R$ 2,20 (o preço da tarifa municipal) para viajar no máximo 3,8km até a estação de trem - e menos ainda até ao terminal rodoviário; o que, proporcionalmente, deveria custar R$ 1,20.
Se não corrige essa injusta tarifa, a Prefeitura - com sua Secretaria de Meio Ambiente - daria um passo sério e importante em sua administração se incentivasse o uso da bicicleta, construindo bicicletários próximos aos ditos terminal rodoviário e estação ferroviária e os administrando devidamente. Não é uma obra cara, nem demorada; e, imagino, não precisa sequer esperar verba federal para isso.
Classificada como cidade dormitório, a maioria de seus moradores trabalha na capital do estado; sendo que aqueles que moram nos bairros ainda precisam tomar um ônibus municipal para chegar ao Centro, e só então embarcar na condução que a levará ao trabalho. Acontece que, como constatamos na matéria acima, o quilômetro rodado de ônibus custa R$ 0,32 - segundo estudo da Coppe-UFRJ; mas num ônibus da linha "Soares Neiva", por exemplo, o passageiro desembolsa R$ 2,20 (o preço da tarifa municipal) para viajar no máximo 3,8km até a estação de trem - e menos ainda até ao terminal rodoviário; o que, proporcionalmente, deveria custar R$ 1,20.
Se não corrige essa injusta tarifa, a Prefeitura - com sua Secretaria de Meio Ambiente - daria um passo sério e importante em sua administração se incentivasse o uso da bicicleta, construindo bicicletários próximos aos ditos terminal rodoviário e estação ferroviária e os administrando devidamente. Não é uma obra cara, nem demorada; e, imagino, não precisa sequer esperar verba federal para isso.
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