Ponto de vista - 09 set. 2011
Destaco o artigo de Guilherme Horn (diretor-executivo da Órama, plataforma da internet distribuidora de fundos), colunista convidado d'O GLOBO, intitulado "O Facebook está morrendo", publicado na página 26 da edição de hoje. O grifo é nosso:
"A base do Facebook ganha dez milhões de novos usuários a cada mês. Eles se somam aos 700 milhões já existentes. Ainda assim o Facebook está morrendo. Ele já contabilizou um número mensal de mais de 20 milhões de novos usuários e hoje cresce apenas nos países em que tem presença menor. Naqueles em que se fez muito forte, como nos EUA, ele decresce.
O Facebook deu certo por acaso. Zuckerberg estava no lugar certo, na hora certa, com o produto certo. Isto fez do Facebook um sucesso. O produto, não seu modelo de negócio, insustentável no longo prazo. O Facebook tem sua receita baseada num modelo ultrapassado, mesmo diante de uma base de clientes como nenhuma empresa jamais possuiu. Ao invés de criar um modelo de negócio inovador, o Facebook priorizou o aumento da base. Acreditou ser este o fator principal de geração de valor para a empresa.
Foi o grande erro estratégico de Zuckerberg. As empresas, para sobreviver, precisam se reinventar. O que torna Apple, Google ou Amazon as mais admiradas não são apenas seus produtos, mas seus modelos de negócio. O sucesso do iPod não se deveu somente ao design ou a suas funcionalidades, mas ao mecanismo de compra de músicas pelo iTunes, quando ninguém pensava que se pagaria por mp3 na web. O mesmo ocorreu com o iPhone, que introduziu o conceito das App Stores e passou a gerar receita para milhares de desenvolvedores.
No mercado financeiro, diz-se que uma notícia leva no máximo quatro segundos para ser precificada. Os tempos diminuíram em todas as áreas. O passado hoje está logo ali. Foi-se o tempo (quase dois anos) em que as empresas resolveram investir no Facebook - Fan Pages completas, verdadeiros portais com vídeos, aplicativos e muita interação, e departamentos com centenas de pessoas para alimentar conversas sobre seus produtos. A febre começa a ficar para trás. Assim como o Second Life, que nasceu, cresceu e morreu em poucos anos, fazendo milhões de dólares, investidos em propriedades virtuais, serem reduzidos a pó.
O Google+ está chegando. Ele vai destruir o Facebook. O Google sim, construiu um modelo vencedor, disruptivo com fórmula complexa e eficiente, que é o Adwords/Adsense. Um modelo que beira a perfeição. E uma empresa que é capaz de criar um sistema como este atinge um grau de competitividade, que a torna imbatível diante de players como o Facebook.
De todo modo, o maior responsável pela morte do Facebook não será o Google. Seu algoz é o próprio Facebook, por causa de um modelo frágil, sujeito a questionamentos sobre privacidade e de usabilidade tosca. O Google vai apenas acelerar o processo."
O Facebook deu certo por acaso. Zuckerberg estava no lugar certo, na hora certa, com o produto certo. Isto fez do Facebook um sucesso. O produto, não seu modelo de negócio, insustentável no longo prazo. O Facebook tem sua receita baseada num modelo ultrapassado, mesmo diante de uma base de clientes como nenhuma empresa jamais possuiu. Ao invés de criar um modelo de negócio inovador, o Facebook priorizou o aumento da base. Acreditou ser este o fator principal de geração de valor para a empresa.
Foi o grande erro estratégico de Zuckerberg. As empresas, para sobreviver, precisam se reinventar. O que torna Apple, Google ou Amazon as mais admiradas não são apenas seus produtos, mas seus modelos de negócio. O sucesso do iPod não se deveu somente ao design ou a suas funcionalidades, mas ao mecanismo de compra de músicas pelo iTunes, quando ninguém pensava que se pagaria por mp3 na web. O mesmo ocorreu com o iPhone, que introduziu o conceito das App Stores e passou a gerar receita para milhares de desenvolvedores.
No mercado financeiro, diz-se que uma notícia leva no máximo quatro segundos para ser precificada. Os tempos diminuíram em todas as áreas. O passado hoje está logo ali. Foi-se o tempo (quase dois anos) em que as empresas resolveram investir no Facebook - Fan Pages completas, verdadeiros portais com vídeos, aplicativos e muita interação, e departamentos com centenas de pessoas para alimentar conversas sobre seus produtos. A febre começa a ficar para trás. Assim como o Second Life, que nasceu, cresceu e morreu em poucos anos, fazendo milhões de dólares, investidos em propriedades virtuais, serem reduzidos a pó.
O Google+ está chegando. Ele vai destruir o Facebook. O Google sim, construiu um modelo vencedor, disruptivo com fórmula complexa e eficiente, que é o Adwords/Adsense. Um modelo que beira a perfeição. E uma empresa que é capaz de criar um sistema como este atinge um grau de competitividade, que a torna imbatível diante de players como o Facebook.
De todo modo, o maior responsável pela morte do Facebook não será o Google. Seu algoz é o próprio Facebook, por causa de um modelo frágil, sujeito a questionamentos sobre privacidade e de usabilidade tosca. O Google vai apenas acelerar o processo."
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