Ponto de vista - 19 set. 2011
Destaco parte do artigo de Carlos Alberto Teixeira e André Machado, intitulado "Ah, o tédio", publicado na página 19 da edição de hoje d'O GLOBO. O grifo é nosso:
"(...)
— No mundo, há cerca de 5 bilhões de celulares e smartphones em circulação, um bilhão de PCs, mais de um bilhão de internautas e 2,5 bilhões de TVs — acrescenta Genevieve [Genevieve Bell, antropóloga da Intel, que é a diretora de Interação e Experiência]. — É um monte de coisas que nos afastam da monotonia. No final das contas, acabamos sendo induzidos e seduzidos a trocar o salutar tédio por uma sobrecarga de estímulos. E chegamos ao ponto em que as demandas desses nossos dispositivos excedem nossa capacidade de atendê-las.
Segundo a antropóloga, pesquisas nos EUA, Europa e Oceania apontam que a primeira coisa que as pessoas fazem ao acordar é esticar o braço e pegar o dispositivo mais próximo, seja um celular, um iPod ou um tablet, para ler mensagens, ouvir música e checar o Twitter ou o Facebook.
— Precisamos encontrar tempo livre em que não estejamos logados nem conectados. Deixar os celulares e Blackberries fora do quarto de dormir, pegar no sono sem a TV ligada. — aconselha. —Algumas pessoas, para vencer a compulsão de ir dezenas ou centenas de vezes por dia consultar e alimentar as redes sociais, decidiram "se matar" no Twitter e no Facebook, simplesmente deletando suas contas, de modo a voltar a ter tempo realmente livre para si.
A compulsão não é por acaso. O próprio Facebook declara em sua página de estatísticas que contém mais de "900 milhões de objetos com que as pessoas podem interagir (páginas, grupos, eventos e comunidades)" e 30 bilhões de diferentes conteúdos compartilhados a cada mês.
— Toda essa renovação de conteúdos, aplicativos e tecnologias cria um forte efeito de dispersão nos jovens (a chamada geração Y, já conectada) — afirma Esteban Clua, da UFF. — Os estudantes têm dificuldade de chegar ao final de um texto mais longo, acostumados que estão aos 140 caracteres de um tweet. Eles não conseguem se aprofundar num tema, e com isso acabam não desenvolvendo o senso crítico — alerta. (...)"
— No mundo, há cerca de 5 bilhões de celulares e smartphones em circulação, um bilhão de PCs, mais de um bilhão de internautas e 2,5 bilhões de TVs — acrescenta Genevieve [Genevieve Bell, antropóloga da Intel, que é a diretora de Interação e Experiência]. — É um monte de coisas que nos afastam da monotonia. No final das contas, acabamos sendo induzidos e seduzidos a trocar o salutar tédio por uma sobrecarga de estímulos. E chegamos ao ponto em que as demandas desses nossos dispositivos excedem nossa capacidade de atendê-las.
Segundo a antropóloga, pesquisas nos EUA, Europa e Oceania apontam que a primeira coisa que as pessoas fazem ao acordar é esticar o braço e pegar o dispositivo mais próximo, seja um celular, um iPod ou um tablet, para ler mensagens, ouvir música e checar o Twitter ou o Facebook.
— Precisamos encontrar tempo livre em que não estejamos logados nem conectados. Deixar os celulares e Blackberries fora do quarto de dormir, pegar no sono sem a TV ligada. — aconselha. —Algumas pessoas, para vencer a compulsão de ir dezenas ou centenas de vezes por dia consultar e alimentar as redes sociais, decidiram "se matar" no Twitter e no Facebook, simplesmente deletando suas contas, de modo a voltar a ter tempo realmente livre para si.
A compulsão não é por acaso. O próprio Facebook declara em sua página de estatísticas que contém mais de "900 milhões de objetos com que as pessoas podem interagir (páginas, grupos, eventos e comunidades)" e 30 bilhões de diferentes conteúdos compartilhados a cada mês.
— Toda essa renovação de conteúdos, aplicativos e tecnologias cria um forte efeito de dispersão nos jovens (a chamada geração Y, já conectada) — afirma Esteban Clua, da UFF. — Os estudantes têm dificuldade de chegar ao final de um texto mais longo, acostumados que estão aos 140 caracteres de um tweet. Eles não conseguem se aprofundar num tema, e com isso acabam não desenvolvendo o senso crítico — alerta. (...)"
Um comentário:
Esse negócio é sério mesmo. Já me vi sofrendo com isso e olha que sou da geração (31 anos) que ainda soube como viver sem internet. parabéns pelo blog!
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