Ponto de vista - 10 ago. 2011
Mais um dia foi corrido e de leitura apressada do jornal. Dou destaque para a reportagem de Maria Lima e Isabel Braga, na página 12 d'O GLOBO, intitulada "Aliados temem 'bola de neve' nas demissões". Políticos evocam a solidadariedade entre os partidos, mas não para o bem do povo e da moralidade; e sim para se autoprotegerem em seus acordos espúrios. E ainda fazem ameaça velada à presidente: não mexam com a gente ou seu governo não chegará até o fim. O grifo é nosso:
BRASÍLIA - Em reuniões políticas ao longo do dia de ontem, parlamentares experientes e integrantes do chamado baixo clero manifestaram preocupação de que uma onda de denúncias abata ministros e gestores públicos, indiscriminadamente, originando uma bola de neve da qual ninguém escape. O cenário traçado era de descontrole da cúpula do Planalto.
Todos os líderes diziam que é preciso mais cautela e solidariedade entre os partidos, lembrando, inclusive, que urna crise política levou à nova crise econômica americana.
Não são poucos os que alardeiam que desse jeito "Dilma não aguenta até o fim do governo". Para eles, não basta mais a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, se reunir com os lideres: é preciso uma reunião de emergência com Dilma para "colocar o guizo em seu pescoço".
Há uma crítica generalizada sobre a condução de Dilma, Ideli, e Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil, apelidadas de "meninas super poderosas".
— A situação está totalmente sem controle. A presidente Dilma pode estar aceitando no mérito, mas errando na operacionalização. Como a centralização é muito forte, elas estão meio sem rumo — comentou um desses interlocutores.
Na reunião de Ideli com a bancada do PMDB, o líder Renan Calheiros fez um alerta direito, segundo um dos presentes:
— A bancada está coesa com a presidenta. Entretanto, é preciso que ela preste mais atenção à relação com a base para evitar urna ruptura, que isso vire uma bola de neve.
—A situação preocupa pela série de acontecimentos e reflexos destes acontecimentos no Congresso num momento em que não se sabe para onde o mundo vai — completou o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Os líderes alegam que é preciso discutir estratégias com Dilma. Um deputado petista chegou a afirmar: —Além dos problemas com os outros partidos da base, o PT está extremamente constrangido porque a presidente está desmontando um governo que deu certo.
Em almoço no apartamento do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), os líderes aliados deixaram claro ao líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a insatisfação.
—As três meninas superpoderosas ficam fazendo a faxina, e é bonito para a sociedade. Mas não entendem que não podem liquidar com o espectro político nacional em troca de ficar bem com a sociedade — disse um dos líderes.
BRASÍLIA - Em reuniões políticas ao longo do dia de ontem, parlamentares experientes e integrantes do chamado baixo clero manifestaram preocupação de que uma onda de denúncias abata ministros e gestores públicos, indiscriminadamente, originando uma bola de neve da qual ninguém escape. O cenário traçado era de descontrole da cúpula do Planalto.
Todos os líderes diziam que é preciso mais cautela e solidariedade entre os partidos, lembrando, inclusive, que urna crise política levou à nova crise econômica americana.
Não são poucos os que alardeiam que desse jeito "Dilma não aguenta até o fim do governo". Para eles, não basta mais a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, se reunir com os lideres: é preciso uma reunião de emergência com Dilma para "colocar o guizo em seu pescoço".
Há uma crítica generalizada sobre a condução de Dilma, Ideli, e Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil, apelidadas de "meninas super poderosas".
— A situação está totalmente sem controle. A presidente Dilma pode estar aceitando no mérito, mas errando na operacionalização. Como a centralização é muito forte, elas estão meio sem rumo — comentou um desses interlocutores.
Na reunião de Ideli com a bancada do PMDB, o líder Renan Calheiros fez um alerta direito, segundo um dos presentes:
— A bancada está coesa com a presidenta. Entretanto, é preciso que ela preste mais atenção à relação com a base para evitar urna ruptura, que isso vire uma bola de neve.
—A situação preocupa pela série de acontecimentos e reflexos destes acontecimentos no Congresso num momento em que não se sabe para onde o mundo vai — completou o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Os líderes alegam que é preciso discutir estratégias com Dilma. Um deputado petista chegou a afirmar: —Além dos problemas com os outros partidos da base, o PT está extremamente constrangido porque a presidente está desmontando um governo que deu certo.
Em almoço no apartamento do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), os líderes aliados deixaram claro ao líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a insatisfação.
—As três meninas superpoderosas ficam fazendo a faxina, e é bonito para a sociedade. Mas não entendem que não podem liquidar com o espectro político nacional em troca de ficar bem com a sociedade — disse um dos líderes.
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